Somos livres e diferentes.

           O ser humano tem por hábito julgar as pessoas e tudo que o cerca, conforme seus padrões culturais e religiosos, bem como julgar sem o devido conhecimento de causa e pela primeira impressão. Quando percebemos que nosso julgamento foi precipitado, sendo injustos, nossos valores, hábitos, moral, faz com que arrependemo-nos.

        Tomemos como exemplo uma pessoa conhecida que passa apressada e não nos cumprimenta ou dirige o olhar. Ficamos chateados com esse comportamento e consequentemente fazemos julgamentos inconvenientes. Ao tomar conhecimento do real estado desta pessoa percebemos que estava numa fase de dificuldade, passando por uma situação difícil de sua vida. Como consequência disso arrependemo-nos.

        No Brasil as pessoas que usam boné, bandana, calça e camisa larga, são vistas como pessoas que despertam medo, envolvidas com criminalidade. Vivemos num mundo egoísta, onde o preconceito faz parte da história de vida de pessoas, desconhecendo outras culturas como a do hip hop. A sociedade impõe normas de conduta e por vezes rotula as pessoas com paradigmas, querendo que cada um haja da mesma forma. Se somos livres e diferentes, temos que ter consciência que devemos respeito com o próximo.

        O arrependimento nos faz repensar nossas atitudes como seres humanos em constante formação, num mundo mutável, de convívio social com a cultura do amor e da paz.

Por Jéssica Dallé Capoani